O administrador marcará um encontro com seu comparsa e informará que já providenciou toda a papelada para começar o esquema de distribuição do material. Ele dirá que colocou a empresa no nome de Tamara (Rosamaria Murtinho). Para sua surpresa, o homem informará que os produtos vindos da França ficaram retidos no porto.
- Então libere! Eu botei todo o meu dinheiro nesse negócio - ordenará o vilão.
O criminoso dirá que isso não será possível porque nenhum dos lotes passou na inspeção da Agência de Vigilância Sanitária. Félix, então, mandará o homem devolver o dinheiro, mas novamente terá uma decepção.
- Impossível. Não posso comprometer os meus negócios, doutor Félix. Fiz a importação pela minha empresa, mas fiz exatamente como me pediu. Agora é com o senhor. A sua empresa deve ser a responsável pela retirada e pela distribuição do produto. E pode ser que a polícia bata na sua porta. Ou melhor, na porta do seu laranja - explicará ele.
Indignado, Félix insistirá numa solução, mas o comparsa dirá que ele deveria ter verificado a procedência da mercadoria.
- Porque acreditei nos meus contatos na França. Eu devia ter desconfiado, tava muito barato. Você podia ter me avisado antes do risco que eu tava correndo - justificará o vilão.
- Doutor Félix, muita gente consegue trazer esse tipo de silicone, sem as devidas adequações. Tem muita gente que, por usar próteses sem selo de qualidade, acaba tendo uma série de complicações médicas. O silicone industrial pra uso estético é ainda pior.
Félix dirá que sempre soube das condições, mas, ainda assim, acreditou que o produto chegaria a suas mãos sem problemas. Para piorar, o comparsa dirá que denunciará o vilão caso a polícia faça perguntas.
- Leve os papéis da empresa no nome da minha sogra. Se alguém tiver que se ferrar, que seja ela.
Patrícia Kogut
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