A temporada anterior de “Malhação” chegou ao fim alcançando o topo dos trending topics do Twitter com #Vamosnospermitir. A informação é coerente com as análise das Tribatics.TV (tribatics.tv/en), que dão conta que “Malhação” foi o programa mais comentado de junho. No ranking, seguem-se “A fazenda”, “Amor à vida”, “Altas horas”, “Pânico”, “Programa do Ratinho”, “Dona Xepa”, “Jornal Nacional”, “Sangue bom” e “CQC”. O mesmo estudo diz que 43% dos brasileiros com acesso à internet navegam na rede enquanto assistem à televisão. E mais: 79% das pessoas ouvidas admitem terem trocado de canal baseadas em algum comentário lido nas redes sociais.
Outro estudo, da QualCanal (www.qualcanal.tv), revelou que, apenas em sua primeira semana de exibição (23 e 29 de junho), “A fazenda” teve mais de 400 mil tweets, um buzz nada desprezível. Na lista do QualCanal dos programas mais comentados em 9 de julho, aparece, em quinto lugar, “The walking dead”, da Band.
Muitas conclusões podem ser tiradas desse festival de dados. A primeira é que ninguém pode ignorar a força das redes sociais. Esse “opinódromo” livre tende a ganhar ainda mais vigor com a adesão progressiva inevitável de novos internautas.
Existe aqui um recado para os realizadores de televisão. A relação entre bons índices na televisão e o buzz na internet não é necessariamente de equivalência. A novela das 21h da Globo é disparada a maior audiência da TV aberta, no entanto, em algum momento ela foi superada em tweets por “Malhação” e “A fazenda”, que têm números bem inferiores no Ibope. Sem falar em “The walking dead”, que alcança módicos quatro pontos na Band, mas tem expressão no Twitter.
Duas questões, portanto, ficam em aberto: a relevância — ou, ao contrário, a hipervalorização — do Twitter; e para onde caminha a humanidade que tecla tanto.
Patrícia Kogut
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