Por trás de todo rancor e ódio que Manfred está levando às últimas consequências em Joia Rara, o ator Carmo Dalla Vecchia exala leveza e tranquilidade. As atitudes de seu personagem, que nos últimos capítulos têm dado nítidos sinais de insanidade, podem até chocar o público, mas não surpreendem o ator. Ele, inclusive, já esperava por isso: “Uma das coisas que me encantou na sinopse foi justamente perceber que um dia isso ia acontecer. Era uma pessoa muito contida que um dia, invariavelmente, ia ter que se rebelar contra a toda a situação que vivia.”
É neste universo de sentimentos reprimidos que Dalla Vecchia contempla a atual fase deste vilão, que já foi capaz de loucuras como tentar matar Franz (Bruno Gagliasso) e Sílvia (Nathalia Dill) para ocupar o posto de filho mais velho de Ernest Hauser (José de Abreu) e ter o amor de Amélia (Bianca Bin). “Ele trazia alguma mágoa ou rancor, não ficava muito nítido o que era. Mas era um sujeito estranho, que, em cena, sem falar nada, já causava um desconforto muito grande. Acho que isso me atraiu muito”, conta ele, que admite uma preferência por personagens psicologicamente mais complexos. “Acho mais interessante para um ator fazer. Você tem por onde criar.”
Totalmente dedicado à intensa rotina de gravação, Carmo Dalla Vecchia admite que não tem tido tempo de acompanhar as repercussões que as vilanias de Manfred tem causado no público. Longe da ingenuidade de acreditar em um típico final feliz para o personagem, ele deixa apenas uma fresta aberta para, quem sabe, uma chance de redenção: “Só se a Pérola (Mel Maia), com o estado de vida tão elevado, conseguisse tocar este homem de alguma forma. É o que busco na minha prática: revelar nos outros o estado de Buda deles.”
Fonte: Site Oficial de Joia Rara - GShow
Espero que gostem.
ME
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