quarta-feira, 2 de maio de 2012

Entrevista: Alexandre Borges


"Os rumores constantes de que estaria se separando de Júlia Lemmertz já não abalam mais Alexandre Borges. Ele se limita a desmentir o fim do relacionamento de 19 anos e segue adiante. Os boatos, aliás, se intensificaram ainda mais depois da estreia de Avenida Brasil. Na trama de João Emanuel Carneiro, ele interpreta Cadinho, que tem três mulheres e é apaixonado, de verdade, por todas. Mas o artista garante: na vida real é homem de uma só mulher! O que não o impede, claro, de estar adorando interpretar o personagem, que não dá bola para as convenções e regras sociais, pois segue o que manda o coração.
Alexandre iniciou sua carreira na TV em 1993, em Guerra sem Fim (93), da extinta Manchete. De lá para cá, foram mais de 30 trabalhos na TV, entre outras novelas, séries e minisséries. E não é a primeira vez que ele vive um mulherengo. Em Ti Ti Ti (2010), na pele de Jacques Leclair, conquistava todas as belas que cruzavam seu caminho. Já em Belíssima (2005), na qual vivia Alberto, também traia descaradamente. E em Laços de Família (2000), era Danilo, um sedutor irresistível.

TITITI-Na novela, não fica claro como o Cadinho se apaixonou pela Noêmia (Camila Morgado) e assim começou a carreira de bígamo. Como foi?
Alexandre Borges-Em meio a uma relação séria com a Verônica (Débora Bloch), ele conhece a Noêmia e se apaixona de verdade. Casa-se com ela porque não prefere não tratá-la como amante. E aí está o humor que tudo isso envolve. Cadinho acaba se metendo em muitas trapalhadas para manter os relacionamentos. Casamento é uma coisa difícil, e no caso dele, dois casamentos e mais uma terceira mulher (Alexia, feita por Carolina Ferraz) com um filho dele, fica complicadíssimo!

Inspirou-se em alguém? 
Eu me prendi muito no que o autor João Emanuel Carneiro me falou. Ele explicou que o Cadinho ama para valer as mulheres e cada uma representa para ele alguma coisa muito importante. E também aproveitei a energia natural masculina de estar sempre se encantando, se apaixonando. O personagem tem ainda uma pegada de humor, uma coisa um pouco moleque. A gente acaba buscando inspirações também fora do texto e eu assisti a filmes e revi cenas do Quequé, de Rabo de Saia (84), feito por Ney Latorraca. Estou muito feliz por poder usar o humor no Cadinho, torná-lo leve é muito bom!

Um homem pode amar mais de uma mulher ao mesmo tempo?
Depende muito da situação, ninguém se apaixona porque quer. Então, acredito que, como o Cadinho, há muita gente nessa situação. Acho que pode rolar...

Já aconteceu com você?
Sempre tive uma pessoa só. O que acontece muito, acho que todo mundo já passou por isso, é você estar no final de uma relação e conhecer uma pessoa, aí fica aquele nó. Acredito que, às vezes, você termina uma relação por causa de outra pessoa. Já aconteceu comigo! E acho que esse momento que aconteceu, eu ainda amava a outra pessoa. Mas são coisas da vida...

Você já fez muitos tipos de mulherengos. Acha que é a sua cara?
Que nada, eu tenho cara de sério, não sou nada mulherengo (risos)! Mas é interessante fazer o papel de um homem que foge à moral vigente. É legal interpretar um homem que acha as mulheres bonitas e se apaixona por várias...É uma coisa primitiva, instintiva, emocional. É bom fazer uma coisa da qual as pessoas talvez tenham vergonha e sintam medo de serem julgadas. Meus personagens me permitem isso.

Mas as mulheres, em geral, consideram o Cadinho um cafajeste.
À primeira vista, ele é um cafajeste, mas se a gente analisar melhor, ele simplesmente parecerá um homem comum, apaixonado...É claro que as mulheres podem ter uma visão diferente disso e os homens, outra. Mas é ótimo mostrar essas contradições do sexo masculino. Representar o desejo pela mulher sem julgamentos, mostrando o lado emocional, enfim, de uma forma liberal."

Fonte: Revista Ti Ti Ti. Ed. 711. 27 de abril de 2012.

Espero que gostem.
ME


















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