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quarta-feira, 7 de março de 2012
Entrevista: Giulia Gam
"A trajetória da atriz Giulia Gam é uma imensa aventura. Ela começou aos 15 anos, quando foi selecionada pelo diretor Antunes Filho para uma montagem teatral de Romeu e Julieta, de Shakespeare. Com o grupo, ela viajou em turnê pela Austrália, Europa, Estados Unidos e Israel. Depois disso, seguiu no teatro, atuando, inclusive, com Fernanda Montenegro em Fedra (87).
Foi naquele mesmo ano que estreou na TV em Mandala, vivendo a Jocasta jovem, durante os quinze capítulos iniciais da novela. Depois vieram outros sucessos como a minissérie O Primo Basílio (88), Que Rei Sou Eu? (89), Vamp (91) e Mulheres Apaixonadas (2003), na qual arrasou ao viver uma mulher que amava demais e tinha um ciúme doentio do marido.
Aos 45 anos, a atriz, que é mãe de Théo, 13 anos, do casamento com o apresentador Pedro Bial, está solteira. E embarcou com tudo em mais uma grande aventura que lhe promete boa dose de adrenalina na carreira, que ela ama. Está no ar no papel de Laura, a descolada editora de uma revista em Amor Eterno Amor. Nessa entrevista, ela revela como se preparou para o novo desafio.
TITITI- Como é sua personagem?
Giulia Gam- A Laura é jornalista e tem uma filha que educou sozinha. O pai da menina é casado com outra mulher. Independente e bem resolvida, ela só tem esse problema afetivo e é louca para se envolver com outra pessoa.
Gostou da redação que a Laura comanda?
Fiquei bastante feliz porque há muitos atores com os quais não convivia diretamente, mas que acompanhava no cinema, no teatro... Tivemos um entrosamento rápido e foi maravilhoso. Os personagens que trabalhavam na redação não são figurantes, cada um tem sua trama, sua história, é bem legal! Acho que nosso núcleo ganhou um humor inesperado.
Mudou alguma coisa no visual para a novela?
Eu optei por cortar um pouco o cabelo, pois a Laura é uma mulher moderna, editora de uma revista contemporânea, provavelmente morou fora e tem estilo. Acho que me inspirei um pouco na Sharon Stone, mas sem a famosa cruzada de pernas (risos).
Se fosse jornalista, de fato, trabalharia em que área?
Acho que seria repórter, não ia querer ficar na redação, escrevendo longos textos. Amo desafios, adrenalina! Mas o que gostaria de ser mesmo é médica, adoro um hospital! Não que goste da doença ou da morte, mas acho que ali rola o microcosmo da existência. A vida pulsa ou não pulsa, ali não dá tempo de pensar, tem que agir. Gosto disso. E o jornalista também tem isso, né? Um prédio cai e mata vários, o que fazer? Como agir naquele momento? Como dar a notícia? Existem questões éticas pelas quais me interesso muito.
Qual sua expectativa em relação à novela?
A autora, Elizabeth Jhin, está sabendo levar diferentes temas de uma forma sensacional. E ela tem um pouco do encantamento, da fábula, da magia, uma pureza, que para o horário das 6 é lindo.
A trama vai tocar em questões meio esotéricas. Você é espiritualizada?
Sou. Meus pais não tinham uma religião definida, mas foram pelo caminho da Índia, do hinduísmo... Minha mãe era vegetariana, aprendi muita coisa com ela e sigo o hinduísmo. Acredito que a religião é uma linguagem, assim como você diz "eu te amo" em inglês, português, francês, a língua não é o essencial e sim o conteúdo.
Acredita no sobrenatural?
Há muito mais coisas entre o céu e a Terra do que aquelas que podemos ver, tocar e imaginar. Coisas que talvez a ciência venha a explicar um dia, quem sabe... Nós não sabemos nem se o que a gente vê é real, se é daquela cor, daquele formato, imagem o que não é visível, então?! (risos).
Já teve algum contato com o espiritismo?
Eu tinha preconceito, não acreditava. Mas depois que fiz o filme de Chico Xavier, mudei muito, fiquei mais sensível no assunto.
Analisando sua carreira, qual personagem mais marcou?
A Heloísa de Mulheres Apaixonadas (2003). Ela marcou, não só por eu ter tido uma boa atuação, mas porque tocava em um tema delicado, o ciúme exagerado, e explicou que isso era um problema patológico. Então isso abriu uma janela para a sociedade falar mais do assunto. Tanto que foram feitas matérias em todos os jornais, revistas, não só falando do papel, mas sobre casos reais. Na época, era algo meio obscuro, com pouca informação, então foi muito bom! Já a Laura é tranquila, mas sei lá, muita coisa pode acontecer no desenrolar da história!"
Fonte: Ti Ti Ti. Ed. 704. 16 de março de 2012.
Espero que gostem.
ME
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