quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Novela: Tiro e Queda

Giuseppe Oristânio e Lucinha Lins como Neco e Isabel, os protagonistas da trama.
Autor: Luís Carlos Fusco.
Capítulos: 126.
Horário: 20h15.
Exibição: 14 setembro 1999-7 fevereiro 2000.
Elenco: Lucinha Lins, Giuseppe Oristânio, Mylla Christie, Jorge Pontual, Karla Muga, Cláudio Fontana, Sônia Lima, Dênis Derkian, Rosana Muniz, Cláudio Mamberti, Laerte Morrone, Paulo César Grande, Myriam Rios, Fausto Maule, Angelina Muniz, Reinaldo Gonzaga, Vanessa Vholker, Guilhermina Guinle, Geórgia Gomide, Eri Johnson, Cláudio Curi, Marcos Breda, Grace Gianoukas, Milton Levy, Maurício Agrella, Sandra Théa, John Herbert, Gilson Gomes, Ricardo Taylor, Tânia Alves, Fernando Eiras, Adriano Reys, Antônio Petrin e Adriana de Castro.
Sinopse: Um crime. Vários suspeitos. Herdeiros vivendo anos de conflito em função de uma herança indisponível. Assassinatos sucessivos. Rosas vermelhas como prenúncio das mortes. Tudo começa seis anos antes, com um grande banquete promovido por um milionário, Raul Amarante (John Herbert), em sua luxuosa mansão. Dez pessoas estão presentes: o milionário, sua esposa, sete convidados e um garçom português. Por ter descoberto ser portador de uma doença incurável, o milionário decide anunciar seu testamento, no qual todos os presentes (exceto o garçom) têm interesse.
O teor do testamento, porém, causa surpresa: os bens do empresário irão permanecer indisponíveis durante sete anos. Após este período, a segunda parte do documento, que alguém da confiança do milionário guarda a sete chaves, será revelada. Durante estes anos, todos os bens deverão ser administrados pela mulher do empresário, Isabel (Lucinha Lins), e por seu sócio, Júlio (Paulo César Grande) (presentes ao jantar) que, no entanto, não podem se desfazer de nada. O clima no jantar fica pesado, com trocas de olhares de rivalidade e mal estar entre todos. No final do jantar, os convidados são conduzidos para a sala de estar, onde o garçom serve licores. De repente, as luzes se apagam e, quase no mesmo instante, ouve-se um tiro. Quando a luz volta, o milionário está caído, morto, com um tiro no coração. A arma, envolta por um lenço, está largada ao lado do corpo. Todos os presentes trocam olhares de acusação mútua.
Mais de seis anos se passam. Faltam alguns meses para que o testamento anunciado pelo empresário seja revelado e, conseqüentemente, defina a propriedade de todos os bens. A confusão, porém, não pára por aí. O milionário assassinado deixou uma filha, Daniela (Mylla Christie) que, apesar de cortejada por vários rapazes ricos como ela, irá se apaixonar por um mecânico, Toninho (Jorge Pontual), filho do garçom português. As dificuldades entre os jovens não serão apenas decorrentes de suas diferentes condições socioeconômicas. A partir do instante em que o envolvimento entre os dois cresce, ficará claro que, por algum motivo, a vida deles corre risco.
Assim, em meio a uma seqüência de atentados, o criminoso terá os protagonistas dessa trama amorosa como alvos, contribuindo para o clima de suspense que, no entanto, deve privilegiar o ritmo ágil, na linha dos policiais clássicos, sem exacerbar a violência. Detalhe: cada ataque criminoso será sinalizado pelo surgimento de uma rosa vermelha, em alguma situação que envolva a futura vítima.
Já Neco (Giuseppe Oristânio), o garçom português, prosperou na vida e é dono de uma concorrida padaria no bairro de Santana, por onde transitam vários personagens do núcleo de classe média da história. Agora viúvo, ele dividirá o seu tempo entre tentar desvendar o mistério que cerca a seqüência de crimes, como um autêntico detetive amador; conquistar uma nova companhia e encaminhar os filhos na vida. Especialmente a filha Adriana (Guilhermina Guinle), moça fogosa, alvo de cobiça dos homens do bairro. A oficina mecânica onde o filho do garçom trabalha é outro ponto por onde uma boa parte do núcleo transita. Seu dono é Ronaldo (Marcos Breda), um carioca boêmio, flamenguista, amante do samba e do futebol, assuntos que fazem com que viva em atrito com os paulistas. Solteiro convicto, protagoniza um complicado jogo de conquista com a filha do garçom, que não o leva muito a sério.
O cruzamento de todos os núcleos e tramas se dá em função do passado do milionário morto, que teria emergido do mesmo bairro (Santana), onde vivem todos os personagens de classe média. Este vínculo servirá, não só para o entrelaçamento do núcleo pobre com o rico, mas também para aguçar a curiosidade do telespectador em busca de desvendar o enigma.
Curiosidades:
  • Foi a primeira novela em Lucinha Lins e Paulo César Grande atuaram juntos. Atuariam em Esmeralda (2004), como Branca e Rodolfo, e em Vidas em Jogo (2011), como Zizi e Severino.
  • A novela foi uma tentativa de reviver o sucesso da novela A Próxima Vítima (95), apresentando uma trama com premissa semelhante: assassinatos misteriosos, uma marca característica (um Opala preto na Globo e uma rosa vermelha na Record) e apenas um personagem que vê ligações entre os assassinatos: Irene (Vivianne Pasmanter) em A Próxima Vítima, e Neco (Giuseppe Oristânio) em Tiro e Queda.
  • Foi a última novela dos atores Laerte Morrone, falecido em 2005, e de Cláudio Mamberti, falecido em 2001.
  • Uma trama interessante, não obteve o sucesso esperado. Não obteve bons índices no Ibope, não passando de 5 pontos. 
  • A novela teve bons momentos, como o assassinato de Gabriel (Fausto Maule), que morreu de forma "kennedyiana", e o assassinato de Paula (Rosana Muniz), com um sanduíche natural envenenado.
  • No final da novela, revela-se que Carolina (Karla Muga) era a assassina da trama. Ela matou essas pessoas por raiva, ao ter sido discriminada por ser a filha do motorista, Alfredo (Laerte Morrone).
  • A novela terminou numa homenagem a Cassiano Gabus Mendes, morto em 1993: "Este trabalho é dedicado à memória de Cassiano Gabus Mendes, com quem aprendemos a arte de rirmos de nós mesmos..."
Fontes:

Espero que gostem.
ME


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