quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Entrevista: Daniela Escobar


"Depois de uma participação no remake de Ti-Ti-Ti, da Globo, ano passado, Daniela Escobar se despiu das vaidades e adotou um tom sério para interpretar a Suzana, de A Vida da Gente. Na trama ela é dona de casa e mãe adotiva de uma garota feita por Sthefany Brito. Para surpresa geral, a estrela admitiu que teria um comportamento bem diverso do assumido por sua personagem e não revelaria a um filho que ele era adotado.
Mãe amorosa de André, 13 anos, do casamento com o diretor Jayme Monjardim, diretor da novela, Daniela está superenvolvida na história. E, embora não pense em se casar de novo, assume a possibilidade de, no futuro, vir a adotar uma criança. Enquanto isso, ela - que depois da novela América (2005) deu uma pausa na carreira por cinco anos para estudar nos Estados Unidos, agora só tem um plano: trabalhar muito no Brasil.

TITITI- Você se identifica bastante com Suzana, não é mesmo?
Daniela Escobar- É a personagem mais próxima de mim que já interpretei. Não só por ser gaúcha como eu, mas, principalmente, porque ela é tão mãe... Tão apaixonada pela filha como eu sou pelo meu André.

A questão da adoção deu uma balançada em seus conceitos sobre o tema?
Sim, no sentido de questionar se não é melhor a criança adotada passar a vida inteira achando que é filha legítima... Os psicólogos são unânimes em dizer que é importante que ela sempre saiba a verdade. Mas será que precisa passar por você.

Você não falaria?
Quando comecei com a Suzana, minha primeira reação foi dizer que eu não contaria. Já que eu peguei para criar, adotei, por que dizer que não é minha filha? Para a criança seria uma segunda chance de ser amada.

É um assunto a se pensar muito bem, não?
Pois é, na preparação dos personagens para a história, os atores conversaram com psicólogas. No meu caso, ela argumentou que em algum momento da vida aquela criança poderia vir saber da verdade que lhe foi escondida e teria um choque e um trauma muito grande. Disse que ela se sentiria enganada pelos pais que ama e, certamente, se revoltaria. Em alguns casos, o filho adotivo poderia ter até maturidade suficiente, mas nem todos entenderiam. Tenho amigas próximas que passaram pela situação com os filhos, um entendeu numa boa, outro ficou rebelde. Até antes de eu ir parar no divã, optaria por não falar nada. Mas, bastou uma pergunta que a psicóloga me fez para eu balançar. Ela me perguntou se eu mentiria para meu filho. Bastou isso para me deixar em dúvida.

A novela lhe trouxe o desejo de adotar uma criança?
Isso nunca tinha me passado pela cabeça antes, agora não sei... Acho a adoção genial para milhões de pessoas que não podem ter filhos.

Se esse fosse seu caso você partiria para o processo?
O instinto materno sempre tenta gerar primeiro. Não vejo nada mais lindo que uma barriga de grávida. Eu me senti mais plena, mais em comunhão com a vida. Acho que se Deus existe, é naquele momento em que há uma cria na barriga de uma mulher. O instante mais feliz da minha vida foi quando vi o André pela primeira vez. É natural, instintivo da mulher querer parir. Se não desse certo e o instinto materno continuasse aflorado, partiria para uma adoção, sim.

Como é ser dirigida pelo ex-marido?
Normal. Eu e o meu ex, Jayme (Monjardim) nos damos muito bem nos bastidores e temos uma ótima relação.

Está namorando? Pretende se casar de novo?
Por enquanto não estou namorando e nem tenho planos de casar no futuro.

Você está em excelente forma. Que cuidados tem com o corpo?
Faço longa e ginástica, mas meu foco é mais a saúde que a vaidade.

Quais seus planos para depois da novela? 
Continuar trabalhando muito. (Risos)"


Fonte: Revista Ti Ti Ti. Ed. 699. 3 de fevereiro de 2012.

Espero que gostem.
ME

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