sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

‘Além do horizonte’ começou mal mas virou ótima aventura

“Além do horizonte”, de Marcos Bernstein e Carlos Gregório, estreou confusa, com uma história girando em torno da ideia da “busca da felicidade”. Por meses, a novela patinou na abstração contida nesse propósito. Elementos paralelos, como uma besta da floresta, não ajudavam muito. Apresentada como algo nunca visto no mundo dos folhetins, a produção, entretanto, em vez de trazer novidade, parecia uma história mal contada.

Agora, passados mais de três meses da estreia, “Além do horizonte” vem cumprindo o prometido. É uma aventura sim, mas montada com lógica e surpresas. Lateralmente, tem um pouco de comédia e romance água com açúcar. Surpreendentemente, esse setor está a cargo do elenco veterano. Flávia Alessandra é a mocinha disputada por dois marmanjos, personagens de Alexandre Borges e Guilherme Fontes. Na luta pelo coração dela — que chora muito e parece frágil como uma adolescente — vale tudo. Já o romance sério e mais intenso acontece entre entre a geração mais jovem. É aquele que aproximou Lili (Juliana Paiva) e Marlon (Rodrigo Simas) e Celina (Mariana Rios) e William (Thiago Rodrigues).

A tal “busca da felicidade” ficou para trás. Ainda bem. O tema oscilava entre a pretensão e as explicações mais rasteiras. A história está dividida entre mocinhos e bandidos, com uma trama razoavelmente intrincada — inteligente, mas sem pernosticismo. Seu maior feito, no entanto, é mostrar que é possível, sim, manter o fôlego de uma aventura num formato como o de uma novela, em que meses no ar acabam por drenar o frescor de muitas histórias. Os capítulos sempre terminam com um bom gancho. A produção ainda tem ibope irregular, mas, a esta altura, não é mais por falta de graça.

Fonte: Patrícia Kogut

Espero que gostem.
ME

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